Como corredores, tendemos a ter visão de túnel enquanto corremos. Nós apenas nos concentramos no que está à nossa frente, movendo nossos pés com firmeza, passo a passo, passo a passo. A coisa sobre nós corredores na comunidade diversificada de corrida é que tendemos a nos concentrar apenas nas comunidades das quais fazemos parte, enquanto as postagens que estamos acostumados a ver mostram apenas como eles acham que a comunidade de corrida “deveria” ser. O que continuamos a fazer aqui na Mid Strike Magazine é ser a avenida, a voz da nossa comunidade não apenas localmente, mas também internacionalmente. Há tantos de nós ao redor do mundo que é justo que reservemos um tempo para destacar esses corredores. Um desses corredores é Vinih Kush, que é um dos corredores mais consistentes que você verá correndo pelo Rio não apenas em pé, mas também visualmente.
MSM: À medida que avançamos com esta publicação, continuamos a conhecer corredores de todo o mundo e temos a chance de conversar com nossos corredores internacionais. Sempre nos empolgamos um pouco. Dito isso, bem-vindo à Mid Strike Magazine. Vamos conhecer um pouco sobre o Vinih.
Vinih: Ei, Mid Strike Magazine!! Sou Vinih Kush, tenho 28 anos e moro no Rio de Janeiro Brasil, sou artista contemporâneo, diretor criativo e gestor cultural. Trabalho com cultura e relacionamento dentro de grandes marcas e especificamente com Cultura de Rua. Faço parte da comunidade Hip Hop e foi aí que construí toda a minha base, comecei a fazer grafite aos 12 anos e logo conheci toda essa grande cultura. Meus pais são esportistas, desde pequeno fui influenciado pelo esporte na minha vida, fui jogador de futebol amador quando criança e quase me tornei profissional, ainda bem que meus pais escolheram meus estudos primeiro e não me deixaram vai, hahaha. A disciplina e os traumas que vivi na infância me trouxeram o ódio que tenho dentro de mim e consegui transformá-lo em vontade de vencer, então saiba que sou a soma do meu ódio com a disciplina da minha vontade de vencer. A corrida sempre esteve presente nos esportes que pratiquei, além do futebol, já andei profissionalmente no SKATE DOWNHILL, onde corri em ladeiras insanas, foi uma experiência inesquecível. O skate me fez aprender a andar na rua igual ao grafite, mas de maneiras diferentes. Há 2 anos, comecei a praticar corrida de rua durante o COVID-19, porque é um esporte que eu poderia treinar sozinho.
Eu me apaixonei pela cultura da raça! Todos compartilham uma experiência única de superação dos próprios limites e têm muita diversidade cultural envolvida, apesar de ser um esporte individual, também considero um esporte coletivo. Correr exige foco e determinação, e só quem tem essa disciplina evolui, eu tenho disciplina e foco pra não parar de evoluir.
MSM: O que notei com os corredores internacionais é que há uma conexão mais profunda com os corredores e as cidades de onde eles são. Tenho certeza que a cidade do Rio faz parte do seu DNA, faz parte de você. O que significa para você representar sua cidade, correr pela rua que você chama de lar?
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